Toda irritabilidade vem carência
Toda a insônia sai da impotência
Toda instabilidade vem do humor
Toda insegurança  vem da falta
Toda mutilação, da desvalorização
Todo suicídio vem da ameaça
A identidade muda a cada instante
A depressão alterna cada gesto
Transtorno, transtorno, transtorno
Duvida, ou divida devidos?
Lutar e ter o que precisa,
Ou desistir sempre,
Pois as uvas estão verdes?
Comer, cortar, ou lutar?
Remoer o passado e viver tragédias,
Ou envolver o futuro e vencer toda batalhar.
Enfrentar de frente e olhar nos olhos
Julgar ações grosseiras,
Para ter o que interessa
Controlar para que as emoções
Que sempre procurou
Quando o que se libera
São apenas as que não alimentam
Preencher os vazios com sonhos
Possíveis se ganhos na luta
Assim, não mais há recusa
Com quem lhe parece espelho d”alma
Indo junto matar seus monstros.
Branco, branco, preto, preto
Amarelo, luz do sol
Verde, vermelho, roxo
Todas as matizes de cinza
Na praia ou no asfalto
Criar o arco-íris no ar
Ai, jogar, viver sem esperar
Abusar do amar, apenas amar
Idealizar e se entregar...