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Parabéns

O passado é o carro velho
Quebrado na beira da estrada
Estacionado nas margens da ilusão
Não volta e nem vai pra frente
É D. Quixote, contra os moinhos
Cavalgando alucinado
Sem levar sua Dulcineia
Eu me lembro muito bem
Das lutas que travei
Experiências que não voltam
Até Newton já sabia
É como a lei da gravidade
Uma alucinação lisérgica
Mas não se importe isso é
Somente uma poesia
Ao vivo é bem pior
Mas ainda precisamos lutar
Sorrindo paro medo interior
Para beijar a menina
Inocente e nua, na esquina
Pois eles são o terror
E nós não vamos vencer.
Mas eu posso até viver
Ao largo de toda tristeza
Como eterna criança.
Tenho chorado demais
Mas vou tentando de novo
Sempre desobedecendo
Para não me contaminar
E hoje grito e corto feito faca
Mas na carne de vocês.
E cada dia que eu passo
Hoje tenho a certeza
Que há alguém a minha espera
E minha historia muda
O meu roteiro hoje faço
Eu sou o outro você.
Viver é que é, o grande barato.

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